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DOM ARMANDO É NOVOHORIZONTENSE

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O local escolhido foi a igreja matriz do Senhor do Bonfim, por ser o maior espaço da cidade; a data foi a do 18º aniversário da posse canônica de Dom Armando como nosso Bispo diocesano; a cidade foi Novo Horizonte, que sedia a Paróquia de São Paulo Apóstolo. Mas as motivações, essas são coisas para muitas linhas:
Com o projeto de lei, cuja data é abril de 2021, sendo autor o Prefeito municipal Djalma Abreu dos Anjos, aprovado por unanimidade pela respeitante Câmara de Vereadores, foi concedido a Dom Armando Bucciol o título de cidadão honorário de Novo Horizonte. Em linhas gerais, tal outorga significa que o homenageado é uma pessoa de grande importância para o município, um conterrâneo, uma pessoa de lá, mesmo se lá não tenha nascido ou não resida na localidade; implica dizer que ele teve, sem visar lucros, interesses pessoais ou profissionais, iniciativas sociais ou de outra ordem, em defesa do povo da localidade que lhe concedeu tal cidadania. Mas em se tratando da relação entre Dom Armando e Novo Horizonte, podemos dizer que a decisão e o ato foram expressão de justiça a corresponder ao amor, ao estilo, à escolha do pastor por ovelhas específicas.
Para quem olha Novo Horizonte a partir da sede diocesana, como os ditames da geografia, Novo Horizonte fica numa extremidade territorial, e assim foi visto por muitos anos. Para quem entende a Diocese como uma porção do povo de Deus confiada ao pastoreio de um Bispo, com a cooperação do presbitério, Novo Horizonte é uma comunidade de fiéis entregue a um pároco, sob a autoridade de um Bispo. Isso explica tudo. Sim, o que testemunhamos no decorrer da noite do último dia 18 em Novo Horizonte, foi o resultado de uma relação afetiva próxima, cordial, sensível aos apelos e às exigências. Em outras palavras, a sessão solene da Câmara de Vereadores realizada na igreja matriz foi o jeito mais feliz e acertado de Novo Horizonte dizer a Dom Armando muito obrigado, o senhor é um dos nossos. De fato, é como alguém que se entregou a Novo Horizonte que Dom Armando se sente desde 2004, quando nestas terras chegou, pois desde então ele passou a amar àquele povo bom, generoso e sedento de Deus, sem titubeios ou qualquer sinal de desânimo, por maior que fossem os desafios. Sendo Bispo, se fez quase-pároco da quase-paróquia por ele criada, sendo ele mesmo a iniciar os trabalhos depois confiados às pessoas certas; inúmeras vezes para lá correu, porque o rebanho precisava do pastor; por Novo Horizonte dedicou boa parte do seu tempo e gastou boa parte de suas energias, por entender que os deixados à margem no passado, agora necessitam de maior atenção. Designou padres para lá, mesmo já satisfatoriamente ocupados em outras funções ou que poderiam hipoteticamente se ajustar melhor a outras realidades, para atender a seu desejo motivado pela necessidade que Novo Horizonte fosse atendida da melhor forma. E Novo Horizonte compreendeu o gesto, abraçando o Bispo e suas propostas, abrindo os ouvidos e corações, dispondo mentes e braços ao serviço proposto. O lugar que nos abrigou não poderia ter sido melhor, pois simboliza toda a pujança eclesial que na cidade e nas comunidades rurais se verifica hoje em dia; a bela igreja matriz, em construção, lotada de fiéis e outras pessoas de bem, iluminada e aconchegante, deu a fisionomia do momento histórico: uma comunidade eclesial em construção, que cresce iluminada, dando passos firmes e certeiros. Por isso, os agradecimentos ao Bispo alcançaram também o pároco, fiel colaborador do homenageado, recebendo do próprio, muitos elogios em sua fala de agradecimento.
E assim, uma vida ornada com tantos belos e justos adjetivos como a de Dom Armando, vê-se enriquecida com a formalização de uma história entre pastor e rebanho, porque se amam, se dão bem, se entendem, se pertencem mutuamente. Sentindo-se sempre um novohorizontense, Dom Armando agora o é, de fato.

Padre Rinaldo Silva Pereira
– Chanceler do Bispado –

Fotos reprodução: Prefeitura de Novo Horizonte.