- As Equipes de celebração[1]
Depois de ter visto a identidade e as tarefas da Equipe de Pastoral litúrgica na vida de uma Paróquia, vamos agora considerar a identidade e atuação daquelas que chamamos de Equipes de celebração. Estas são encarregadas diretamente das celebrações da Palavra de Deus, da Eucaristia (missas), do Batismo, do Matrimonio, das Exéquias e das Bênçãos nas paróquias e comicidades. Destas equipes fazem parte, especialmente, Leitores, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística, recepcionistas, salmistas, cantores e instrumentistas, animadores, comentaristas e ministros que presidem.
Tarefas da Equipe de celebração
A equipe de celebração tem como tarefas:
- preparar, com certa antecedência, as celebrações, de forma criativa, simples, alegre, acolhedora, participativa e adaptada à cultura e à experiência religiosa da comunidade;
- organizar o espaço celebrativo de modo agradável, acolhedor e orante;
- preparar tudo o que for necessário para uma determinada celebração;
- prever os diferentes elementos e momentos da celebração, tendo em vista a integração entre o mistério celebrado e a vida das pessoas;
- escolher os cânticos e hinos levando em conta os momentos da celebração, o tempo litúrgico e a experiência da comunidade;
- distribuir correponsavelmente as diversas funções e serviços;
- preparar-se técnica e espiritualmente para o desempenho competente das funções litúrgicas, tendo em vista a participação ativa da assembleia, definido também expressões e gestos simbólicos;
- avaliar, periodicamente, a prática celebrativa à luz da vida da Comunidade eclesial e da vida como um todo, isto é, enraizada na realidade do bairro, da cidade ou do meio rural. A liturgia deverá ser sensível às condições do povo[2].
Pede-se às Equipes de celebração evitar o uso de folhetos litúrgicos. A atenção de todos deve estar centrada no altar, no ambão e na ação de quem preside ou anima a celebração. A proclamação da Palavra de Deus, das Orações Eucarísticas e das outras Orações deve ser acompanhada, ouvida e vivenciada com o olhar e o coração voltados para as pessoas que exercem em nome de Cristo o ministério litúrgico. Como povo sacerdotal não somos leitores de folhetos, mas atores da liturgia.
Concluíndo…
Depois de ter apresentado qual é a identidade e as tarefas das duas expressões da vida litúrgica de uma Paróquia e suas Comunidades, vamos ver o que está acontecendo em nossa realidade.
Em geral, reconheço que existem grupos de pessoas que atuam e, em geral de forma boa ou discreta na realização da liturgia de nossas Comunidades. Mas… bem raras são as Equipes de Pasrtoral litúrgica que atuam do jeito que a Igreja propõe. Você que participa de alguma pastoral e de vez em quando anima a liturgia em sua Comunidade, que tal reunir com os demais membros e ver a possibilidade de dar passos para amadurecer no ‘estilo’ de uma verdadeira Pastoral litúrgica? Com certeza, aos poucos, todas as equipes vão se beneficiar e, ainda mais, a vida cristã em geral e a dimensão litúrgica da Paróquia vai melhorar.
Se alguém ou alguma Equipe conseguir, conte-nos a sua experiência. Com certeza vai estimular e favorecer o crescimento de todos. Desde já agradeço.
Dom Armando
[1] Cf. CNBB. Animação da Vida Litúrgica no Brasil. (Documento 43), n. 217.
[2] Cf. Ibidem, n. 194.