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MEMÓRIA: DAI-NOS A BENÇÃO, Ó MÃE QUERIDA!

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Pedir a benção aos mais velhos ou depositários de uma reverência e dignidade, em nossa cultura sertaneja, tem grande valor. Em se tratando da Mãe de Jesus, esse gesto tem um sentido muito elevado; e quando a mesma Mãe se apresenta como Nossa Senhora Aparecida, aí o gesto se torna incalculável em sua importância e quase garantidor de um milagre, pois bem sabemos o justo valor religioso e maternal que nos tem Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.
Pedir a bênção a Nossa Senhora Aparecida, com o tom mais solene e de um jeito mais próximo, pôde-se fazer em toda nossa Diocese, de abril de 2016 a fevereiro de 2017, arco de tempo durante o qual a pequena imagem percorreu nossas 21 paróquias. Isso por duas razões: a comemoração dos 300 anos da aparição Imagem negra no leito do Rio Paraíba do Sul, e jubileu de ouro da nossa Diocese.
Foram dias de festa, muitas graças, essas expressas em sorrisos, aplausos, cantos, “vivas”, rezas, benditos, fogos… quando não em lágrimas, por se compreender que a visita da doce Mãe trouxe a tantos corações despedaçados e almas aflitas a reconstituição e o alento de que precisavam. E após visitar os seus filhos e filhas nas mais variadas circunstâncias em que estes se encontravam, a pequenina imagem foi entronizada na área externa do centro Diocesano, no último dia 04, por ocasião da reunião do Conselho de Pastoral Diocesano (CPD).
A escolha da posição coube a Dom Armando, como o estilo e o preparo do espaço ficou a cargo dos padres Antônio Carlos e Rinaldo, que fizeram a “Gruta da Mãe”, como já é chamado o local, surgir em menos de duas semanas, deixando meio que de lado seus afazeres para aqueles dias. Os operários, com gosto, trabalharam noite adentro, assim como os dois padres acabaram por se envolver propriamente no feitio da Gruta, prazerosamente.
Com sua aparência rústica, em pedras que ardem ao calor do sol, a gruta quer nos lembrar os quantos, vindos de todos os lados, depositam na Virgem Maria sua esperança de consolo às dores da vida e refrigério às almas aflitas; as flores que entremeiam as pedras recordam-nos a gratidão dos devotos, reconhecedores da ajuda e intercessão de Maria, que nunca falta; a posição da imagem, olhando ao mesmo tempo para o Centro Diocesano e para a rua, nos dá conta que a Virgem Maria, qual terna e cuidadosa mãe, zela tanto pelos de perto como pelos de longe, olha para os de dentro e para os de fora, doravante garantindo a todos os que por ali passarem a possibilidade de olhar para ela e lhe dizer, com lágrimas ou com sorriso: “Dai-nos a benção, ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida!”

Padre Antônio Carlos e Padre Rinaldo